quinta-feira, novembro 03, 2005

Alguém me arranja uma cunha na GALP ???

Era a manchete do Expresso de Sábado....
A nossa petrolífera tem vindo a ser albergue de parasitas e toca de incompetentes.

Veja-se:

Um quadro superior da GALP, admitido em 2002, saiu com uma indemnização de 290.000 EUR, em 2004. Tinha entrado na GALP pela mão de António Mexia e saiu de lá para a REFER, quando Mexia passou a ser Ministro das O.P. e Transportes...

O filho de Miguel Horta e Costa, recém-licenciado, entrou para lá com 28 anos e a receber, desde logo, 6600 EUR mensais.

Freitas do Amaral foi consultor da empresa, entre 2003 e 2005, por 6350 EUR/mês, além de gabinete e seguro de vida no valor de 70 meses
de ordenado.

Manuel Queiró, do PP, era administrador da área de imobiliário, 8.000 EUR/mês. Com a contratação de um administrador espanhol, passou a ser-lhe oferecido 15 anos de antiguidade (é o que receberá na hora da saída). Pagamento da casa e do colégio dos filhos, entre outras regalias.

Guido Albuquerque, cunhado de Morais Sarmento, foi sacado da ESSO para a GALP. Custo: 17 anos de antiguidade, ordenado de 17.400 EUR e
seguro de vida igual a 70 meses de ordenado.

Ferreira do Amaral, presidente do Conselho de Administração um cargo não executivo, era remunerado de forma simbólica: três mil euros por mês, pelas presenças.

Mas, pouco depois da nomeação, passou a receber PPRs no valor de 10.000 EUR, o que dá um ordenado"simbólico" de 13.000 EUR...


Outros exemplos avulsos:

Um engenheiro agrónomo que foi trabalhar para a área financeira a 10.000 EUR/mês.

Uma especialista em Finanças que foi para Marketing por 9.800 EUR/mês.

Neste momento, o presidente da Comissão executiva ganha 30.000 EUR e os vogais 17.500.

Com os novos aumentos, Murteira Nabo passa de 15.000 para 20.000 EUR mensais.

A GALP é o que é, não por culpa destes senhores, mas sim dos amigos que ocupam, à vez, a cadeira do poder.

É claro que esta atitude, émula do clássico "é fartar, vilanagem", só funciona porque existe uma inenarrável parceria GALP/Governo.

Esta dupla, encarregada de "assaltar" o contribuinte português de cada vez que se dirige a uma bomba de gasolina, funciona porque metade do preço de um litro de combustível vai para a empresa e, a outra metade, para o Governo.

Assim, este dream team à moda de Portugal, pode dar cobertura a um bando de sanguessugas que não têm outro mérito senão o cartão de militante.

Ou o pagamento de um qualquer favor político..