quinta-feira, janeiro 03, 2008

Junta Médica - Zé Povinho - I

(...) ministro admite existência de "situações chocantes do ponto de vista humano" 09.08.2007 - 14h41 Lusa
O ministro das Finanças disse hoje que as situações de professores doentes que se viram obrigados a trabalhar por lhes terem sido negados os seus pedidos de aposentação "são chocantes" e disse esperar que a auditoria a todas as juntas da Caixa Geral de Aposentações esteja concluída "o mais brevemente possível".

"Foi pedida uma auditoria que está a decorrer, espero que o mais brevemente possível esteja concluída, atendendo a urgência em rectificar aquilo que houver a rectificar", disse Fernando Teixeira dos Santos, no final da conferência de imprensa sobre o conselho de ministros de hoje.

A realização de uma auditoria a todas as juntas médicas da Caixa Geral de Aposentações foi anunciada há um mês pelo primeiro-ministro, José Sócrates, depois de terem sido conhecidos os casos de dois professores com cancro obrigados a trabalhar praticamente até à data da morte, depois de lhes terem sido negados os respectivos pedidos de aposentação.

Questionado sobre a data de conclusão da auditoria, Teixeira dos Santos não adiantou qualquer prazo, mas reconheceu a "urgência" em rectificar eventuais problemas.

"Houve situações que, do ponto de vista humano, são chocantes e que espero que não se voltem a repetir", disse.

"As que vieram a público não serão as únicas e devem merecer, em primeiro lugar, a nossa indignação. Mas devemos ultrapassar a indignação e corrigir o que houver a corrigir", sublinhou o titular da pasta das Finanças.

A auditoria, que está a ser elaborada pelo Ministério das Finanças, deverá "identificar as matérias onde há melhorias a introduzir e proceder à correcção de situações de injustiça", acrescentou Teixeira dos Santos.